
Vacinação contra a gripe entra na terceira e última fase
Por Agência Brasil
Começa nesta quarta-feira (9) a terceira e última fase da campanha de vacinação contra a gripe. Cerca de 22 milhões de pessoas fazem parte do grupo que pode procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para se vacinar.
Ela é destinada para integrantes das Forças Armadas, de segurança e de salvamento; pessoas com comorbidades, condições clínicas especiais ou com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário; trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade; e adolescentes em medidas socioeducativas.
Até o fim da campanha, em 9 de jullho, a expectativa do Ministério da Saúde é distribuir 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, para imunizar um público-alvo de 79,7 milhões de pessoas.
Como duas campanhas de vacinação em curso simultaneamente, a da gripe e da covid-19, a orientação do Ministério da Saúde é que a vacinação contra o novo coronavírus seja priorizada nos grupos liberados para receber essa imunização. Nesses casos, a vacina influenza, deve ser tomada depois, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas.
Baixa Adesão
Até o momento, menos de 30% do público-alvo compareceu a um posto de saúde para tomar a vacina de gripe este ano. A 2ª fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza 2021 terminou na terça-feira (8) com 23 milhões de doses aplicadas, para um total de 79,7 milhões de pessoas aptas a receber a vacina.
O foco da 2ª fase era imunizar idosos com mais de 60 anos e professores. Foram contempladas 15,3 milhões de pessoas – menos da metade das 33 milhões esperadas pelo Ministério da Saúde.
Na primeira etapa da campanha, que começou em 12 de abril, voltada para crianças de seis meses a seis anos, povos indígenas, trabalhadores da área da saúde, gestantes e mulheres puérperas (que estão no período de até 45 dias após o parto), a adesão também foi abaixo do esperado. Apenas 6,9 milhões das 27,3 milhões de doses distribuídas, foram aplicadas o que representa, segundo o Ministério da Saúde, 25% de adesão.
Das 80 milhões de doses previstas, foram distribuídas até agora 58,3 milhões de doses. O grupo mais atendido foi o de idosos (9,9 milhões de doses), seguido por crianças (8,3 milhões), trabalhadores da saúde (2,3 milhões), gestantes (978 mil) e professores (836 mil).
A cobertura vacinal por segmentos foi mais ampla em crianças (52,3%), puérperas (50,9%) e gestantes (45,8%). Na comparação entre unidades da Federação, as melhores coberturas vacinais foram registradas no Distrito Federal (104%), em Sergipe (33,8%), no Piauí (34,3%), em Minas Gerais (34,2%) e na Paraíba (34,1%).
Cepas do vírus
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a gripe (influenza) pode ser leve, grave ou até fatal. “Estima-se que as epidemias anuais dessa doença causem de 3 a 5 milhões de casos graves e de 290 mil a 650 mil mortes no mundo”, diz a Organização.
A medida mais eficaz para prevenir a influenza grave e suas complicações é a vacinação. Como os vírus da gripe mudam constantemente, é necessário o desenvolvimento a cada ano de novas vacinas específicas para a cepa (tipo) do vírus que está circulando. No caso do Brasil, essas vacinas são produzidas anualmente pelo Instituto Butantã.
As outras importantes ações preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde são as mesmas que comprovadamente funcionam contra a covid-19: limpar as mãos regularmente, evitar tocar nos olhos, nariz ou boca; manter distanciamento físico de outras pessoas; cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ao tossir ou espirrar, inclusive de máscara.