Transição para isolamento mais brando

Correio Braziliense

O Ministério da Saúde sugeriu, ontem, no boletim epidemiológico, que a partir do dia 13, parte dos estados e municípios comecem a migrar para o distanciamento social seletivo, conhecido como isolamento vertical. A sugestão é válida para lugares em que os casos confirmados do novo coronavírus “não tenham impactado em mais de 50% da capacidade instalada existente antes da pandemia”. O número de mortes e casos confirmados do novo coronavírus registrados nas últimas 24 horas voltou a crescer.

“A partir de 13 de abril, os municípios, Distrito Federal e estados que implementaram medidas de Distanciamento Social Ampliado (DSA), onde o número de casos confirmados não tenha impactado em mais de 50% da capacidade instalada existente antes da pandemia, devem iniciar a transição para Distanciamento Social Seletivo (DSS)”, diz o documento divulgado pela pasta.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, explicou, no entanto, que a mudança precisa ser feita com cuidado. “Fazer transição dos isolamentos depende de condicionantes de saúde, como EPIs (equipamentos de proteção individual), respiradores mecânicos, testes laboratoriais e leitos em quantitativo suficiente”, pontuou.

Em pronunciamento, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a defender que a população siga a orientação dos governos estaduais. “Enquanto não tivermos estoque de EPIs, estoque de respiradores e possibilidade de mudarmos as recomendações, nós reforçamos que devem ser seguidas as orientações dos senhores governadores dos estados”.

No Brasil, Distrito Federal, Amazonas, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro possuem coeficiente de incidência superior à taxa nacional, de 5,7 por 100 mil habitantes. O coeficiente de incidência do DF é a maior do país: 15,5 por 100 mil habitantes. Oliveira acredita que Brasília está atenta à realidade local e tem um bom plano de preparação, pois reforçou as medidas de contenção social. “Sou cidadão do Distrito Federal, moro aqui e tenho visto que as pessoas têm saído mais aqui. Esperamos que as pessoas compreendam a necessidade do afastamento social. Isso é temporário e o governo do DF é o responsável pelas instruções a sociedade local. As pessoas devem seguir as orientações das autoridades de saúde competentes do seu estado e do seu município”, destacou.

Casos

De ontem para hoje, 926 novos casos foram confirmados e 67 mortes. (Veja arte). Com isso, o Brasil tem, atualmente, 12.056 casos confirmados e 553 óbitos pela Covid-19. A taxa de letalidade continua a subir e é de 4,6%. O Brasil é o oitavo país com a taxa de letalidade mais alta no mundo, perdendo somente para Espanha, Itália, França, Irã, Reino Unido, Bélgica e Holanda.

O Sudeste segue sendo a região com maior número de casos confirmados, 7.046. Em seguida, estão o Nordeste, com 2.167 casos; o Sul, com 1.318; o Norte, com 791; e o Centro-Oeste, com 734.

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