
Setor farmacêutico cresce 10% no 1º semestre, mas rentabilidade cai
Folha de S.Paulo | Jornalista: Maria Cristina Frias
A receita das fabricantes de remédios subiu mais de 10% no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Sindusfarma (sindicato do setor).
O faturamento foi impulsionado por um volume maior de vendas —uma alta de 7%—, diz Nelson Mussolini, presidente da entidade. Houve, porém, perda de rentabilidade, afirma.
“O dólar subiu acima de 16%, e nós importamos matéria-prima. O resultado operacional deverá ser prejudicado com o fim da desoneração da folha de pagamentos.”
Com a crise fiscal, a União tem feito pressão para que as empresas deem descontos, diz Alexandre França, diretor-executivo da Aspen Pharma.
“Reduzimos negociações com o setor público. Compradores privados compram mais e nós recebemos em 30 dias.”
O mercado de genéricos teve os números mais robustos.
O crescimento já vinha de outros períodos, lembra Carlos Aguiar, da Medley. “Nesse ano houve lançamentos de itens de preço médio mais alto, que fizeram o faturamento do mercado crescer além da venda de unidades.”