
Presidente da Interfarma representa indústria de transformação em evento com Bolsonaro
A Presidente Executiva da Interfarma, Elizabeth de Carvalhaes, participou nessa terça-feira, 07/12, de evento organizado pela CNI com a participação do Presidente da República, Jair Bolsonaro, e de alguns de seus ministros. O encontro teve como objetivo apresentar ao Presidente um documento elaborado pela CNI com propostas para a retomada da indústria no Brasil e a geração de emprego.
Robson de Andrade, presidente da CNI, destacou os esforços positivos do Governo Federal ao longo da pandemia, mas ressaltou que a produção da indústria e o índice de competitividade no Brasil têm sofrido constantes quedas em 2021. A fim de endereçar os pontos por trás dessas problemáticas, Robson informou que o documento elaborado pela entidade é composto por 44 propostas, sendo 19 destinadas à implementação pelo Poder Executivo e 25 relacionadas ao Congresso Nacional. A íntegra do documento com essas propostas pode ser conferida aqui.
Foi também mencionado que tanto a CNI quanto seus membros estão à disposição do Governo para apoiar a implementação dessa agenda, cujo objetivo é permitir que o Brasil volte a crescer acima dos 3% ao ano e incremente a geração de empregos.
Elizabeth de Carvalhaes, convidada para se pronunciar em nome da indústria de transformação no Brasil, destacou que o setor no país é mais diversificado do que a média dos países-membros da OCDE, mas que vem perdendo espaço nos últimos anos. A Indústria de transformação, que já representou 15% do PIB brasileiro há 10 anos, hoje representa 11,3%. A Indústria de transformação brasileira também caiu, em 2020, para a 14ª posição no ranking mundial.
A presidente da Interfarma mencionou que as grandes economias mundiais têm buscado estratégias para reduzir a dependência de insumos e produtos de partes do mundo, o que abre uma janela de oportunidade para o Brasil, desde que seja recuperada sua competitividade. Nesse sentido, foram destacadas as necessidades de reduzir o Custo Brasil, combatendo gargalos antigos, e ter uma política industrial direcionada à inovação, aos setores que produzem os bens mais complexos, mais sofisticados e intensivos em pesquisa e desenvolvimento, e uma abertura equilibrada ao mundo. Como exemplo, foi mencionada a cadeia da saúde, medicamentos e tecnologias, que precisa de um ambiente político e regulatório fortalecido e seguro, que estimule investimentos em pesquisa.
Foram também ressaltadas por Elizabeth a importância da reforma da tributação sobre consumo, a necessidade de se concluir o processo de internalização dos acordos de livre-comércio que tragam ganhos efetivos ao setor empresarial e a execução de uma política de competitividade no comércio exterior.
Paulo Guedes, Ministro da Economia, mencionou que o esforço do Governo Federal é de transformação e reindustrialização do Estado Brasileiro, baseado no compromisso com as futuras gerações. Foi destacada a importante colaboração do setor industrial com a gestão do Presidente Jair Bolsonaro e manifestado otimismo em relação ao futuro econômico do país. Paulo Guedes afirmou que, das 44 propostas constantes no documento elaborado pela CNI, boa parte já está sendo trabalhada em conjunto, como a reforma tributária e a ampliação de adesão a acordos internacionais. Por fim, o Presidente Jair Bolsonaro frisou a importância do setor industrial no Brasil e a credibilidade que o país recuperou no exterior.