
Nobel de Medicina vai para cientistas que ajudaram a desenvolver vacina contra Covid-19
A bioquímica húngara Katalin Kariko e o pesquisador norte-americano Drew Weissman são os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 2023 por ajudarem a desenvolver a vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 2 de outubro, em Estocolmo, na Suécia, pelo Instituto Karolinska e a Fundação Nobel.
Segundo o Comitê do Prêmio, as descobertas relativas às modificações da base dos nucleosídeos realizadas pelos dois cientistas permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA eficazes contra a Covid-19 em tempo recorde.
“Por meio das suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunológico, os laureados contribuíram para o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”, afirma o comunicado do comitê.
Katalin Kariko, 68 anos, é professora da Universidade de Szeged, na Hungria, e professora adjunta da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia e foi vice-presidente sênior da BioNTech. Drew Weissman, 64 anos, é professor de Pesquisa de Vacinas na Perelman e é diretor do Penn Institute para Inovações em RNA. Eles dividirão o prêmio de cerca de R$ 5 milhões, além de receberem diplomas e medalhas de ouro.
As vacinas estimulam a formação de uma resposta imune a um determinado patógeno, ajudando o corpo a lutar contra doenças, caso seja exposto ao patógeno posteriormente. Em 1951, o Prêmio Nobel de Medicina foi concedido para Max Theiler, que desenvolveu a vacina contra a febre amarela.