Medida para acelerar liberação da Anvisa piorou fila, diz indústria

Folha de S.Paulo

Maria Cristina Frias

O prazo para produtos de saúde importados entrarem no Brasil piorou em alguns terminais do país, após a Anvisa (agência reguladora) tomar medidas que visavam acelerar o processo, segundo associações do setor.

Em julho, o órgão permitiu que algumas cargas fossem liberadas à distância, por equipes de portos com demanda menor. A ideia era desafogar terminais movimentados em São Paulo e no Rio.

Na prática, porém, esses locais que antes tinham filas pequenas tiveram seus prazos ampliados, e os prazos seguiram altos nos terminais movimentados, afirma Gil Pinho, da Abraidi (associação de importadores do ramo).

O atraso implica mais despesas às importadoras, que gastaram R$ 643 milhões com armazenagem em 2016.

“Não adianta enxugar gelo. É preciso mudar os processos antiquados. Há uma expectativa de que novas regras sejam anunciadas em breve”, diz Antonio Britto, da INTERFARMA (das farmacêuticas).

A Anvisa, que usa metodologia diferente da indústria, aponta que os prazos caíram, na média, de 16 para 13 dias.

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