
INTERFARMA participa de evento virtual sobre os desafios da Covid-19
Comunicação INTERFARMA
Os avanços da indústria farmacêutica na busca por um tratamento eficaz e seguro contra o novo Coronavírus foram destacados pela presidente-executiva da INTERFARMA, Elizabeth de Carvalhaes, em webinar realizado pela Casa JOTA na manhã da última quarta-feira, dia 20.
Sob o tema “O futuro do tratamento da Covid: Pesquisa e Desenvolvimento”, Elizabeth ressaltou também a importância de união e diálogo entre setores público, privado e agências reguladoras na busca por estratégias e ações conjuntas. Essa sinergia será fundamental para o rápido acesso da população brasileira a futuros tratamentos contra o Coronavírus, quando disponíveis, frente à alta demanda.
Em reportagem sobre o evento publicada pelo Portal JOTA, o risco de desabastecimento foi outra questão abordada. A presidente-executiva da INTERFARMA disse que existem dificuldades e elas ainda podem ser agravadas, conforme a pandemia avançar no País e no mundo. Por isso, o setor tem mantido diálogo constante com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
O portal destaca essa declaração de Elizabeth de Carvalhaes: “Já tivemos sequestro de carga e voos cancelados na hora de sair. Os problemas existem, mas têm sido possível solucioná-los. Claro que um lockdown na Índia dificultaria um pouco, porque você tem um pólo fornecedor de insumos que estaria interrompido. Mas hoje, uma previsão só da logística, tem sido possível acomodar com dificuldades”, disse ela.
Em outro momento, a reportagem aponta a união de diversos laboratórios para conduzir pesquisas conjuntas de vacinas e outros tratamentos contra a Covid-19. A parceria entre Pfizer e BioNTech, citada pela presidente-executiva da INTERFARMA, é destacada. “É um estudo em que você introduz um RNA mensageiro do vírus justamente através da vacina num organismo, e o sistema imunológico do ser humano vai combater a própria doença. Esses estudos estão avançados, eles podem culminar numa vacina em breve. É importante esse movimento de todos os laboratórios de total união científica”, afirmou.
Veja a reportagem completa do Portal JOTA aqui.
Outros desafios
O presidente do GFB, Reginaldo Arcuri, destacou a capacidade industrial do País, bem como o potencial do Brasil para fazer parte da rota mundial da biotecnologia. Conforme as pesquisas avançarem, isso será fundamental para que sejam produzidos medicamentos ou vacinas em larga escala, para atender rapidamente a população e permitir a retomada das atividades, no momento pós-pandemia.
Cláudio Lottenberg, por sua vez, abordou os desafios enfrentados por hospitais. Ele citou como exemplo o Hospital Albert Einstein, que colocou em prática uma série de adequações para a chegada da pandemia, com equipes multidisciplinares no atendimento ao paciente. Mas existem questões que despertam preocupação, como a alta do dólar, que impacta o acesso a diversos insumos e produtos, bem como o abastecimento do hospital. Ele também citou dificuldades com os fretes aéreo e terrestre, uma vez que muitos voos têm sido cancelados e o transporte terrestre está com demanda muito elevada.
Já Daniela Marreco falou sobre os esforços da ANVISA para dar celeridade aos estudos clínicos ligados à Covid-19, com foco na segurança ao paciente e na qualidade da regulação sanitária, além de outras medidas para tornar o País mais competitivo em pesquisas clínicas. Ela destacou que as pesquisas são ferramentais fundamentais para a segurança e eficácia de qualquer tratamento.
Por fim, Renato Porto comentou acerca de possíveis avanços após a pandemia, como mais foco às necessidades do paciente e cuidados com a promoção à saúde, em vez de apenas combate a doenças.
Também participaram do encontro virtual: Daniela Marreco, adjunta de diretora da Segunda Diretoria da ANVISA; Cláudio Lottenberg, presidente do Conselho da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e do Instituto Coalizão Saúde; Reginaldo Arcuri, presidente do Grupo FarmaBrasil (GFB); Ricardo Fenelon, ex-diretor da ANAC; e Renato Porto, ex-diretor da ANVISA. O grupo foi mediado por Felipe Recondo, da Casa JOTA.