Interfarma participa de audiência pública sobre terapias gênicas

O presidente-executivo da Interfarma, Renato Porto, participou na manhã desta quarta-feira, 4/10, de Audiência Pública sobre precificação de terapias gênicas, na Câmara dos Deputados. 

Porto destacou que é preciso ter cuidado para não inviabilizar a chegada dos medicamentos mais inovadores na primeira onda ao Brasil. Ele explicou que isso pode deixar as pessoas sem os melhores tratamentos disponíveis. Além disso, colocou que os preços brasileiros são calculados com base em uma cesta de preços de 9 países mais o país de origem do medicamento, e que isso sempre puxa o preço do Brasil para baixo. 

“Temos um excelente sistema de precificação, podemos ter certeza de que o preço aqui é um dos menores do mundo. Mesmo quando enquadrado em caso omisso, onde não há a cesta de países, a CMED utiliza os preços globais para fazer o balizamento. O preço no Brasil não será nunca o maior valor cobrado no mundo, justamente por ser o menor dentre outros países”, explicou. 

Para o presidente da Interfarma, é preciso ainda discutir a carga tributária sobre medicamentos no Brasil. “53,5% do preço praticado são relativos a custos de pesquisa e desenvolvimento; os estudos clínicos; a produção; a logística; e a adaptação para uso do medicamento. Por outro lado, 46,5% são impostos. O Brasil tem a carga tributária para medicamentos mais alta do mundo. É preciso refletir sobre isso”, colocou Porto. 

Ministério da Saúde, CMED, Febrararas, Associação Médica Brasileira (AMB), Sindusfarma e Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) também participaram da audiência. 

A audiência completa está disponível aqui.