
Interfarma mostra a relação entre inovação farmacêutica e balança comercial
Para combater o déficit na balança comercial do setor farmacêutico, o Brasil precisa criar um ambiente mais favorável à inovação, com agilidade na aprovação de pesquisas clínicas, cooperação entre governos, universidades e iniciativa privada. Veja o texto completo:
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Monitor Mercantil
A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) agrega 55 empresas, que produzem metade dos medicamentos do varejo. A entidade acaba de informar que a pesquisa anda mal no Brasil, apenas o 15º do mundo em nesse quesito, o que o leva a um déficit anual de US$ 5,5 bilhões na balança comercial do setor.
Explica Antonio Britto, presidente da Interfarma: “O Brasil não conseguiu produzir um ambiente de cooperação entre governos, universidades e iniciativa privada. Os principais centros geradores de novas drogas mundo afora são indústria e universidade, trabalhando de forma integrada para transformar a pesquisa básica em pesquisa aplicada, o que significa novos medicamentos no mercado. Aqui, há muita resistência das universidades em trabalhar com a iniciativa privada e a iniciativa privada resiste em assumir riscos, característica da pesquisa clínica. Para que um medicamento seja criado, cerca de 10 mil moléculas são pesquisadas sem sucesso e aproximadamente US$ 900 milhões são investidos durante dez anos de pesquisas. É um investimento de risco”. Portanto, também nesse item, o Brasil vai mal.