Setor Português 11/12/2015

Importados representam 25% dos gastos dos brasileiros com remédios

 Valor Econômico / Site
Robson Sales e Alessandra Saraiva

Um quarto dos gastos dos brasileiros com medicamentos para uso humano em 2013 foi usado na compra de remédios importados, segundo a Conta-Satélite de Saúde 2010-2013. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que essas despesas representavam 21,9% em 2010 e subiram para 24,5% três anos depois. Cerca de 3,5% do que o país importou em 2013 foram em bens e serviços relacionados à saúde. Ao todo, 5% dos produtos relacionados à saúde utilizados no país são importados.
Houve crescimento de participação das importações na oferta total de preparações farmacêuticas de 16,3% para 19,9%, entre 2010 e 2013. No mesmo período, aumentou também a participação de produtos farmoquímicos, que são os princípios ativos usados na produção de remédios, de 71,2% para 74%. O IBGE apurou ainda que no grupo de outros materiais para uso médico, odontológico e óptico, inclusive prótese, a participação das importações na oferta total passou de 29% para 37,1%.
Os dados primários sobre importação e exportação de serviços de saúde privada são do balanço de pagamentos do Banco Central. Para analisar a movimentação de bens, como medicamentos e aparelhos, o IBGE utilizou dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Pelo lado das exportações na demanda total, houve crescimento nas saídas de preparações farmacêuticas, de 17% para 18,6%, entre 2010 e 2013. Segundo o IBGE, 0,8% dos produtos relacionados à saúde foram exportados.
Em 2010, o valor adicionado pelas atividades de saúde representou 6,1% do valor adicionado total da economia (R$ 203 bilhões). Três anos depois, essa proporção passou para 6,5% do valor adicionado (R$ 297 bilhões).
As atividades relacionadas à saúde geraram 6 milhões de postos de trabalho, com crescimento maior que a média da economia do país. O setor ganhou participação no todo do mercado de trabalho brasileiro, passando de 5,3% das ocupações, em 2010, para 5,9%, em 2013.

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