Homenagem da INTERFARMA ao Dia Internacional da Mulher

Comunicação INTERFARMA 

Recentemente, Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP e Jaqueline Góes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP, se tornaram mundialmente conhecidas por terem descoberto, em 48 horas, o sequenciamento genético do novo coronavírus, auxiliando na identificação da origem do agente. Por meio de casos como este, é possível mensurar a importância das mulheres também no contexto científico e de pesquisa para a saúde da população.

Outros dados, divulgados no estudo “As desigualdades de gênero na produção científica ibero-americana” de 2017, indicam ainda que 72% das assinaturas de artigos científicos publicados incluem pelo menos uma autora brasileira e, na publicação de trabalhos, o volume de textos de mulheres é de 53%. 

Diante desta realidade, a INTERFARMA gostaria de homenagear e agradecer a todas as mulheres que contribuíram com a evolução da humanidade, por meio da ciência, medicina e inovação. Veja outros exemplos de mulheres que fizeram história na saúde:

Hildegard de Bingen (1098-1179)
Durante a idade média, mulheres se instruíram em conventos e foi como abadessa que Hildegard de Bingen (ou santa Hildegard, para a igreja anglicana) escreveu livros sobre botânica e medicina. Suas habilidades de médica eram conhecidas e frequentemente confundidas com milagres. Seus feitos se tornaram tão famosos que um asteroide foi batizado em sua homenagem: o 898 Hildegard.

Maria Gaetana Agnesi (1718-1799)
A matemática espanhola descobriu uma solução para equações que, até hoje, é usada. É ela a autora do primeiro livro de álgebra escrito por uma mulher. Também foi a primeira a ser convidada para ser professora de matemática em uma universidade.

Ada Lovelace (1815 -1852)
Ada é creditada como a primeira programadora do mundo por sua pesquisa em motores analíticos – a ferramenta que baseou a invenção dos primeiros computadores. Suas observações sobre os motores são os primeiros algoritmos conhecidos.

Elizabeth Arden (1884- 1966)
O nome parece conhecido? Foi ela quem criou as primeiras fórmulas dos produtos de beleza. Formada em enfermagem, começou sua carreira criando cremes para queimaduras em sua própria cozinha, usando leite e gordura. Logo, passou a buscar a receita do creme hidratante perfeito. E assim nascia a Elizabeth Arden, uma das mais valiosas empresas de cosméticos da atualidade.

Marie Curie (1867 – 1934)
Esta lista não estaria completa sem a “mãe da Física Moderna”. Marie Curie é famosa por sua pesquisa pioneira sobre a radioatividade, pela descoberta dos elementos polônio e rádio e por conseguir isolar isótopos destes elementos. Foi a primeira mulher a ganhar um Nobel e a primeira pessoa a ser laureada duas vezes com o prêmio: a primeira vez em Química, em 1903, e a segunda em física, em 1911.

Florence Sabin (1871-1953)
Florence é conhecida como “a primeira-dama da ciência americana” – ela estudou os sistemas linfático e imunológico do corpo humano. Tornou-se a primeira mulher a ganhar uma cadeira na Academia Nacional de Ciência dos EUA e, além disso, militava pelo direito de igualdade das mulheres.

Virginia Apgar (1909 -1974)
É ela a criadora da Escala de Apgar, exame que avalia recém-nascidos em seus primeiros momentos de vida, e que, desde então, diminuiu as taxas de mortalidade infantil. Especialista em anestesia, ela também descobriu que algumas substâncias usadas como anestésico durante o parto acabavam prejudicando o bebê.

Nise da Silveira (1905- 1999)
Psiquiatra renomada, a brasileira foi aluna de Carl Jung. Lutou contra métodos de tratamento comuns na sua época, como terapias agressivas de choque, confinamento e lobotomia. Durante a Intentona Comunista, em 1936, foi presa por possuir livros marxistas e acabou conhecendo o escritor Graciliano Ramos, que a transformou em uma personagem de seu livro “Memórias do Cárcere”.

Gertrude Bell Elion (1918 -1999)
A americana criou medicações para suavizar sintomas de doenças como Aids, leucemia e herpes, usando métodos inovadores de pesquisa – seus remédios matavam ou inibiam a produção de patógenos, sem causar danos às células contaminadas. Ganhou o prêmio Nobel de medicina em 1988.

Johanna Döbereiner (1924-2000)
A agrônoma realizou pesquisas fundamentais para que o Brasil se tornasse um grande produtor de soja, além de ter desenvolvido o Proalcool. Estima-se que suas pesquisas fazem com que o nosso país economizem 1,5bilhões de dólares todos os anos, que seriam gastos em fertilizantes. Seu estudo sobre fixação de nitrogênio permitiu que mais pessoas tivessem acesso a alimentos baratos e lhe rendeu uma indicação para o Nobel de Química em 1997.

Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/03/10-grandes-mulheres-da-ciencia.html

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