O Globo
RIO – Um levantamento feito no Sistema de Acompanhamento Financeiro do Estado (Siafem) revela que a dívida da Secretaria de Saúde com fornecedores e prestadores de serviços é de R$ 890 milhões, mais da metade do total de R$ 1,6 bilhão que o estado deve a todos os seus credores.
O prestador de serviços mais afetado pela falta de repasses é a organização social (OS) PróSaúde, responsável pela gestão de oito das principais unidades de saúde da rede. De acordo com dados do Siafem analisados pela liderança do PSOL a pedido do GLOBO, a dívida do governo com a Pró-Saúde é de R$ 272,9 milhões.
A entidade administra os hospitais Getúlio Vargas (na Penha), Carlos Chagas (Marechal Hermes), Alberto Torres (São Gonçalo), Adão Pereira Nunes (Duque de Caxias), Anchieta (Caju), a maternidade do Rocha Faria (Campo Grande), o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, referência em doenças cerebrais (Centro), e a UPA de Itaboraí.
No Rocha Faria, foram demitidos cerca de 70 profissionais terceirizados que estavam com os salários atrasados, entre eles enfermeiros e técnicos de enfermagem. No Getúlio Vargas, ortopedistas também tiveram salários atrasados, mas a situação já se normalizou.
A Pró-Saúde disse, em nota, que “não se manifesta sobre a gestão econômica do estado e ressalta apenas que, nas unidades que administra, todos os serviços se encontram em funcionamento normal”. A entidade afirmou também que dá prioridade aos serviços de emergência.
A Secretaria estadual de Fazenda informou que pagará as dívidas da saúde ainda este ano.