
CRISE DO ALGODÃO: BRASIL SEGUE PRESSIONANDO ESTADOS UNIDOS COM CAUTELA
A Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), órgão federal que congrega diversos Ministérios responsáveis pelo Comércio Exterior, adiou sua reunião prevista para a semana passada em que seriam aprovadas as retaliações contra os Estados Unidos, inclusive em propriedade industrial.
O adiamento foi interpretado como sendo mais uma demonstração de que o Governo brasileiro conduzirá as retaliações com muita cautela e na expectativa de que os Estados Unidos revisem sua posição e contribuam para uma solução do impasse.
A política dos Estados Unidos de apoio aos seus produtores de algodão foi condenada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) que autorizou o Brasil a aplicar sanções, inclusive em propriedade industrial. Mesmo com o aval da OMC, o Brasil aceitou um acordo alternativo pelo qual os produtores brasileiros receberiam compensação financeira por parte dos Estados Unidos.
O acordo vigorou nos últimos meses até que em setembro Washington suspendeu os pagamentos da compensação. A Interfarma tem mantido atuação política permanente sobre o tema procurando estimular seus associadas e a PhRMA (The Pharmaceutical Research and Manufacturers of America) a atuarem junto às autoridades dos Estados Unidos. Em Brasília, a Interfarma tem debatido o tema com autoridades do Governo Federal visando contribuir para uma solução que evite um novo impasse.