30/11/2013 – Folha de S.Paulo
Apesar de persistirem problemas na área social, o Brasil experimentou entre 2002 e 2012 avanço em indicadores de educação, proteção social e saúde.
A melhora em saneamento e distribuição da renda foi mais lenta.
A Síntese de Indicadores Sociais revela o percentual da população sem acesso a diretos assegurados pela legislação. Em todos, a situação melhorou.
É o caso da educação. O percentual dos que não têm oito anos de estudo o mínimo previsto em lei caiu de 38,5% em 2002 para 30,6% em 2012.
Já o total de pessoas fora do sistema de proteção social (sem contribuir para instituto de previdência ou aposentadoria ou fora de programas de transferência de renda) recuou de 23,2% para 11,3%.
O contingente da população sem acesso a serviços básicos (saneamento, coleta de lixo, abastecimento de água e iluminação) cedeu de 39,9% para 31,6% de 2002 para 2012.
Para a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, o país ainda tem um longo percurso a trilhar, mas teve “um avanço significativo” nos últimos anos.
Ela destacou a expansão da matrícula de crianças de 4 a 5 anos que aumentou de 56,7% do total em 2002 para 78,2% em 2012.
Para Márcio Salvato, professor do Ibmec, o Brasil “trilhou um caminho excelente”, mas boa parte do avanço só foi possível porque a “base era muito ruim”.