AICS: Interfarma realiza workshop temático para jornalistas de Brasília

AICS: Interfarma realiza workshop temático para jornalistas de Brasília

A Interfarma realizou no dia 13 de abril o Workshop Propriedade Intelectual: Patentes e Inovação para Comunicadores. É a segunda vez que a Interfarma realiza o evento, mas desta vez ele aconteceu em Brasília, com a presença de jornalistas do Correio Braziliense, Poder 360 e Metrópoles.  

O objetivo do encontro foi aprofundar o debate com os jornalistas que cobrem Congresso Nacional, Saúde e Política, trazendo os principais conceitos e a atual legislação nacional e internacional sobre PI. O evento é uma parceria da Diretoria de Comunicação e de Propriedade Intelectual da Interfarma. 

A diretora de Propriedade Intelectual, Ana Carolina Cagnoni, começou o evento dando um panorama geral da Propriedade Intelectual e a necessidade de o governo brasileiro incentivar a pesquisa e desenvolvimento de inovação. Segundo ela, o sistema de Propriedade Intelectual busca equilibrar os interesses da sociedade em dois pontos: incentivo a busca por mais inovações e usufruto das criações por todos. Ela explicou ainda que a patente é uma solução para um problema técnico e que a análise realizada pelos técnicos do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) consiste em garantir que esta solução não foi inventada anteriormente. 

Em seguida, Gabriel Leonardos, presidente da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual, trouxe a visão da ABPI e dos usuários dos serviços do INPI. Ele destacou o pioneirismo do Brasil em relação à Propriedade Intelectual e defendeu a autonomia do INPI. Segundo ele, a falta de autonomia faz com que o INPI não tenha recursos financeiros e humanos que garantam um serviço excelente para seus usuários. Há dez anos, o INPI recebia 35 mil pedidos de patentes e atualmente são 26 mil. O grande desafio do Brasil é reduzir o tempo de análise de pedidos de patentes para a média mundial, que é de 2 a 3 anos. 

 

O Prof. Dr. Antônio Márcio Buainain, da Unicamp, falou sobre os aspectos econômicos da Propriedade Intelectual. Para ele, não existe desafio que possa ser enfrentado sem a inovação e a busca por ela exige recursos financeiros e humanos por parte do inventor. O professor explicou que o sistema de PI permite a circulação do conhecimento, já que uma invenção relevante contém muitas patentes, normalmente, e que podem ser de diferentes empresas. Ele afirmou ainda que sem proteção aos ativos intangíveis – bens que as empresas possuem, mas que não existem fisicamente- é impossível incentivar o investimento na inovação. 

Ana Carolina encerrou o evento falando sobre a Propriedade Intelectual do ponto de vista do setor farmacêutico e apresentou o site PI Faz Acontecer para os presentes. O desenvolvimento de um medicamento leva em média 10 anos e os laboratórios chegam a pesquisar 10 mil moléculas até que uma seja considerada segura e eficiente. Ou seja, a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e terapias são um processo longo e o sistema de Propriedade Intelectual incentiva que as empresas continuem investimento nessa busca. Ana Carolina apresentou dados recentes sobre os investimentos realizados pela indústria mundialmente, segundo estudo recente da IQVIA:  

  • As maiores indústrias farmacêuticas gastaram mais de $138 bilhões em 2022 em P&D;  
  • Mais de 2.800 empresas e organizações contribuem para o pipeline farmacêutico de P&D; 
  • Desde 2017, cresceu 26% as biofarmacêuticas que desenvolvem de novos medicamentos; 
  • Nos últimos 5 anos, 353 novas substâncias foram lançadas globalmente. Desde 2003, foram 903. 

O Workshop Temático é uma das atividades da Academia Interfarma de Comunicação em Saúde (AICS), cujo objetivo é atender as necessidades de educação em saúde, divulgando conhecimento sobre jornada de medicamentos e tratamentos, desde a pesquisa clínica até dispensação e acesso a pacientes, para jornalistas e comunicadores. 

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